terça-feira, 11 de setembro de 2012


11 de setembro
São João Gabriel Perboyre


João Gabriel Perboyre nasceu em 5 de janeiro de 1802, em Mongesty, na diocese de Cahors, França, numa família de agricultores, numerosa e profundamente cristã. Foi o primeiro dos oito filhos do casal, sendo educado para seguir a profissão do pai.

Mas o menino era muito piedoso, demonstrando desde a infância sua vocação religiosa. Assim, aos quatorze anos, junto com dois de seus irmãos, Luís e Tiago, decidiu seguir o exemplo do seu tio Jacques Perboyre, que era sacerdote. Ingressou na Congregação da missão fundada por são Vicente de Paulo para tornar-se um padre vicentino ou lazarista, como também são chamados os sacerdotes desta Ordem. Depois, também, duas de suas irmãs ingressaram na Congregação das Filhas da Caridade. Uma outra irmã, logo após entrar para as carmelitas, adoeceu e morreu.

João Gabriel recebeu a ordenação sacerdotal em 1826. Ficou alguns anos em Paris, como professor e diretor nos seminários vicentinos. Porém seu desejo era ser um missionário na China, onde os vicentinos atuavam e onde, recentemente, padre Clet fora martirizado.

Em 1832, seu irmão, padre Luís, foi designado para lá. Mas ele morreu em pleno mar, antes de chegar às Missões na China. Foi assim que João Gabriel pediu para substituí-lo. Foi atendido e, três anos depois, em 1835, estava em Macau, deixando assim registrado: "Eis-me aqui. Bendito o Senhor que me guiou e trouxe". Na Missão, aprendeu a disfarçar-se de chinês, porque a presença de estrangeiros era proibida por lei. Estudou o idioma e os costumes e seguiu para ser missionário nas dioceses Ho-Nan e Hou-Pé.

Entretanto foi denunciado e preso na perseguição de 1839. Permaneceu um ano no cativeiro, sofrendo torturas cruéis, até ser amarrado a uma cruz e estrangulado, no dia 11 de setembro de 1840.

Beatificado em 1889, João Gabriel Perboyre foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 1996. Festejado no dia de sua morte, tornou-se o primeiro missionário da China a ser declarado santo pela Igreja.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012


Como é possível ser fiel a Deus nos dias de hoje?


“Foi-te revelado, ó homem, o que é o bem, e o que o Senhor exige de ti: principalmente praticar a justiça e amar a misericórdia, e caminhar solícito com teu Deus” (Mq 6, 8).

Como aos judeus, Jesus nos fala hoje, não como a quem não conhece a Lei, mas como pessoas que já viram o sinal de Jonas. Tivemos acesso aos sinais e prodígios que nos foram narrados nas Escrituras Sagradas. Ouvimos as pregações sobre a fuga do Egito, de como o Senhor tirou o seu povo da casa da escravidão. Experimentamos isso em nossas vidas, pois essa libertação acontece também em nossas vida hoje. Porém, mesmo assim, não cremos e buscamos sinais milagrosos.
Qual é a condição necessária para sermos fiéis a Jesus Cristo?
Já conhecemos o bem, que nos foi revelado nas Escrituras, por isso, Jesus nos chama à praticar a justiça e amar a misericórdia, a caminhar com Deus. Hoje, mais do que os judeus somos devedores destas obras. Pois, eles tiveram acesso à Antiga Aliança, mas nós tivemos acesso a esta e também à Nova Aliança. Se Jesus negou um sinal aos escribas e fariseus, com muito mais direito deveria negar um sinal a nós, que tivemos ao Novo Testamento.
Diante de tudo que nos foi revelado pelo Evangelho e pela Tradição da Igreja, não podemos ainda exigir de Deus sinais, pois, a entrega de Jesus no Calvário é o sinal mais eloquente que se pode dar. Porque o sinal de Jesus não ficou na sua morte. Como Jonas ficou três dias no ventre do peixe e foi conduzido à Nínive, Jesus ficou três dias na região da morte e ressuscitou para nos chamar à conversão (cf. Mt 12, 40). Somente com um coração convertido é possível praticar verdadeiramente a justiça, amara a misericórdia e caminhar com Deus.
Jesus, da sua parte, entregou-se inteiramente à vontade do Pai. Mas, mesmo assim, como os judeus, não somos capazes de acolher a Palavra de Deus e realizar as Suas obras. Jesus sabia disso, por isso nos deu Maria por Mãe. Somos chamados a levar Nossa Senhora para casa e, como Jesus na casa de Nazaré, deixar-nos formar por ela. Maria, que formou a carne, a inteligência, a vontade, a alma humana de Cristo, saberá nos formar, nos modelar à imagem de Seu Filho.
Façamos como Nosso Mestre e Senhor, que se fez pequeno e se entregou inteiramente aos cuidados da Virgem Maria. Deixemo-nos amar, educar, formar por ela. Façamos essa experiência de receber o seu amor de Mãe, para aprendermos a amar, como amou seu Filho Jesus. Na escola de Maria aprendemos a amar na cruz das angústias, dos sofrimentos, das perseguições, do martírio. Na escola de Maria aprendemos a praticara justiça, amar a misericórdia e a caminhar com Deus.

Bispo defende participação ativa de leigos na política


'Os leigos devem se engajar na política por fidelidade à missão que o Evangelho nos propõe', afirmou Dom Leonardo Steiner

Como escolher um bom político para governar a cidade, o Estado ou o país? Esta é uma dúvida que perpassa a mente de muitos brasileiros que, em especial neste mês, se preparam para escolher seus representantes municipais. Simultaneamente a isso, neste mês de setembro o Papa Bento XVI coloca, em sua intenção geral de oração, a conscientização dos políticos, para que hajam com honestidade.

Na última Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em Aparecida (SP) em abril deste ano, foi elaborado uma nota para orientar a preparação para as eleições municipais. O documento elenca alguns critérios para identificar o bom político.

“Este (o bom político) deve ter seu histórico de coerência de vida e discursos políticos referendados pela honestidade, competência, transparência e vontade de servir ao bem comum”, foi o que disse secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner.

Mas talvez a dificuldade da sociedade brasileira atual seja acreditar que esse bom político existe, o que surge a partir de problemas como a corrupção. Em vez de uma postura desanimadora e descrente, Dom Leonardo defende a participação ativa dos leigos na política, apesar de todo esse descrédito.

“Os leigos devem se engajar na política por fidelidade à missão que o Evangelho nos propõe. Não somente como candidatos, mas também como educadores da política, ajudando os irmãos e as irmãs no sentido da convivência democrática, da defesa do bem comum, dos valores que o Evangelho nos propõe”, afirmou Dom Leonardo.

Para o secretário-geral da CNBB, o exercício político e o interesse por assuntos relacionados à política já é um exercício da cidadania, talvez o maior deles. “Participar ativamente buscando informações, dando informações, votar conscientemente é um exercício da nossa cidadania”.

E essa busca de formação é justamente um fator para que os cidadãos possam escolher as pessoas a quem vão atribuir a tarefa de governar o Estado, que, como lembra o bispo, é composto por todos.

“O Estado não é um ente que está aí gerindo e nós não sabemos. Nós sabemos quem são as pessoas; todos nós formamos o Estado e delegamos a determinadas pessoas a gerência do bem comum, mas para isso nós precisamos realmente participar e diria até, depois, fiscalizar”, finalizou.


Você exerce sua cidadania? Saiba que ela vai além do voto


Dom Leonardo Steiner acredita em uma sociedade mais justa e fraterna a partir da valorização da política e da cidadania
Nesta sexta-feira, 7, o Brasil comemora o dia de sua independência.  A data é uma oportunidade para os brasileiros, 190 anos após terem adquirido sua autonomia, poderem refletir sobre como vêm exercendo sua cidadania.

O filósofo e professor de Filosofia da Universidade de Taubaté, César Augusto Eugênio, explicou que o sentido mais completo e inicial de cidadania está vinculado a um processo de participação política, capacidade de decisão e, sobretudo, construção de oportunidade para que essas decisões aconteçam.

Hoje, ele acredita que a cidadania está diretamente ligada à capacidade de organização do indivíduo para que sejam respeitados os seus direitos mais naturais.

Porém, ao olhar para a história do Brasil, o professor diz que o povo brasileiro não teve muita oportunidade de participar da construção da sua história. "A gente entra na República sem um exercício de cidadania propriamente dito, o que é bastante contraditório. Proclama-se a República e o primeiro presidente é um general de exército, que é o Marechal Deodoro da Fonseca", disse o professor.

Ele informou que, a partir disso, foram feitos esforços para promover a participação cidadã e que esse exercício de fato se concretizou após a ditadura militar, de 1985 em diante. “Nós temos que nos acostumar e nos conscientizar da importância que é participar, criar esses espaços de acompanhamento da gestão pública”.

Para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Leonardo Ulrich Steiner, a importância desse exercício de cidadania se justifica pelo fato de que as pessoas não são isoladas, mas pessoas de política, de relação. “Nós temos responsabilidade e, nesse sentido, na medida em que nós vamos valorizando a política e a nossa cidadania, vamos ajudando a construir uma sociedade mais justa e fraterna”.

O que é ser cidadão?

Dom Leonardo acredita que a primeira conduta de um verdadeiro cidadão é a participação ativa, levando em consideração a ética e o cuidado com o outro. "O cidadão consciente de seu papel procura se comportar de modo a contribuir para que os direitos, especialmente dos mais fracos e desamparados, sejam respeitados e exercidos e também que os deveres de todos sejam lealmente cumpridos".

"O que queremos para o nosso País? Não podemos achar que esperaremos pelos outros, a nossa parte deve ser feita", diz o jornalista Reinaldo César
O professor César prefere não adotar o termo “bom cidadão”, porque, para ele, ou uma pessoa é cidadão ou não é. “Eu não posso pensar como cidadão uma pessoa que vai destruir o bem público. A cidadania é uma conquista, não é algo dado, então não existe um ‘mau cidadão’, porque se eu não consigo entender algo que vai além de mim para o bem comum, então isso não é ser cidadão”.Luis Cláudio Barreira"O que queremos para o nosso País? Não podemos achar que esperaremos pelos outros, a nossa parte deve ser feita", diz o jornalista Reinaldo César
Da mesma forma, o jornalista Reinaldo César acredita que não existem cidadãos ruins, mas sim a falta de formação capaz de transformar a mentalidade das pessoas para que a cidadania floresça.





“O cidadão de fato, e por direito, é aquele que tem a coragem de inserir-se como protagonista na sua história e na daqueles com os quais  ele encontra em sua caminhada, é aquele que não fica resmungando e diz que tudo vai mal, é aquele que não se intimida e avança sem medo e sem receios e acredita que sua ação pode mudar a direção dos acontecimentos”.

Cidadão na prática


Se ainda há brasileiros que não exercem sua cidadania na prática, o filósofo acredita que, embora o processo seja longo, há esperança, uma vez que a cidadania está em cosntrução. Para ele, a mentalidade das pessoas tem mudado, de forma que elas estão cada vez mais se conscientizando para buscar a transformação da sociedade.

“Por ser professor, eu aposto bastante no papel da educação, mas também aposto bastante no papel da Igreja, dos meios de comunicação para a construção dessa cidadania”, afirmou César.

Já Reinaldo contou que sempre foi participativo, como pessoa cidadã e como jornalista, mesmo tendo se deparado, no dia a dia, com pessoas desanimadas e desacreditadas.

O jornalista acredita que as eleições municipais, em 7 de outubro deste ano, constituem um bom período para que cada um possa exercer o seu papel de cidadão a partir, inclusive, do acompanhamento das atividades pós-eleitorais.

"O que queremos para o nosso País? Não podemos achar que esperaremos pelos outros, a nossa parte deve ser feita agora, amanhã e depois, todos os dias", concluiu o jornalista.


7 de setembro

Santa Regina



Regina ou Reine, seu nome no idioma natal, viveu no século III, em Alise, antiga Gália, França. Seu nascimento foi marcado por uma tragédia familiar, especialmente para ela, porque sua mãe morreu durante o parto. Por essa razão a criança precisou de uma ama de leite, no caso uma cristã. Foi ela que a inspirou nos caminhos da verdadeira fé e da virtude.

Na adolescência, a própria Regina pediu para ser batizada no cristianismo, embora o ambiente em sua casa fosse pagão.

A cada dia, tornava-se mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo. Nunca aceitava o cortejo dos rapazes que queriam desposá-la, tanto por sua beleza física como por suas virtudes e atitudes, que sempre eram exemplares. Ela simplesmente se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do seu tempo reclusa em seu quarto, em oração e penitência.

Entretanto o real martírio de Regina começou muito cedo, e em sua própria casa. O seu pai, um servidor do Império Romano chamado Olíbrio, passou a insistir para que ela aprendesse a reverenciar os deuses. Até que um dia recebeu a denuncia de que Regina era uma cristã. No início não acreditou, mas decidiu que iria averiguar bem o assunto.

Quando Olíbrio percebeu que era verdade, denunciou a própria filha ao imperador Décio, que seduziu-a com promessas vantajosas caso renegasse Cristo. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos demovê-la de sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas e foi decapitada.

O culto a santa Regina difundiu-se por todo o mundo cristão, sendo que suas relíquias foram várias vezes transladadas para várias igrejas. Até que, no local onde foi encontrada a sua sepultura, foi construída uma capela, que atraiu grande número de fiéis que pediam por sua intercessão na cura e proteção. Logo em seguida surgiu a construção de um mosteiro e, ao longo do tempo, grande número de casas. Foi assim que nasceu a charmosa vila Sainte-Reine, isto é, Santa Rainha, na França.

Esta festa secular ocorre, tradicionalmente, em todo o mundo cristão, no dia 7 de setembro.

domingo, 26 de agosto de 2012

Carlo Acutis


Carlo Acutis Parte 1 : Uma juventude verdadeira.

Carlo Acutis (1991-2006)

  Em vista da comemoração pelo fim dos 5 anos exigidos pela diocese de Milão e o inicio do processo de beatificação previsto ainda esse ano entre setembro e outubro, Carlo Acutis se torna não só querido pela sua juventude como também pelo fato de fazer parte da nossa juventude ,é de fato “um fôlego na Igreja” que vive em um mundo sufocado pelos mais diversos ataques aos jovens do séc XXI.

 A Igreja sabe de que Deus sempre estará chamando a santidade e de que sempre haverá jovens dispostos a darem o seu sim junto com a sua juventude mas muitas vezes desanimados pelos ataques cada vez mais sofisticados e atraentes a nossa fé e a vida os jovens esquecem isso e pensam que por serem jovens suas vidas não são compatíveis com a vida da Igreja de Cristo e tão pouco com o convite a santidade mas sabemos que é mais uma mentira conveniente criada pelo mundo para impedir o chamado natural do jovem de servir a Cristo e a Igreja. Carlo é um exemplo de que isso é uma mentira e de que devemos nos desfazer dela o mais rápido possível ainda mais ele que viveu como qualquer outro jovem mas o porém é a vida voltada a santidade e não a si próprio o que faria dele um jovem infeliz.

 Mas ao invés de colocar sua alegria nas coisas desse mundo Carlo colocou-a na Eucaristia e fez dela sua fonte mais pura de alegria, esse talvez seja a evidência mais visível que uma vida de santidade pode demonstrar, como dizia ele “Eucaristia, la mia autostrada per il Cielo” .Então não perdemos tempo com o que não seja para maior honra e glória de Deus e voltemos nossos olhares para a Eucaristia e para as imensas graças que por meio dela se realiza e só assim encontraremos o que precisamos e o que realmente importa. Carlo Acutis aguardamos sua pronta beatificação e seguiremos rezando por isso.

     Andrew Amaral


quinta-feira, 23 de agosto de 2012


Bento XVI alenta a rezar pelos nascituros ante a ameaça do aborto

Com profunda fé, promovam os valores evangélicos da vida e do amor para contrastar a ameaça do aborto assim como outras ameaças contra a vida.


Ante as atuais ameaças contra a vida como o é o aborto, o Papa Bento XVI exortou a rezar intensamente pelos nascituros, em uma mensagem aos responsáveis pela "Obra pela Adoção Espiritual do Concebido" que celebra seu 25º aniversário de fundação este ano.

Os participantes desta iniciativa peregrinam a pé este ano na Polônia, da cidade de Varsóvia até o Santuário de Czestochowa. A adoção espiritual consiste em rezar durante nove meses um mistério do Terço e alguma outra oração com a intenção de proteger a vida nascente ameaçada no seio materno.

Conforme informa a Rádio Vaticano, ao celebrar-se este aniversário, o Arcebispo de Varsóvia, Cardeal Kazimierz Nycz, celebrou uma Missa no mencionado santuário Mariano e leu o texto do Papa.

Nele o Santo Padre alentou aos participantes desta iniciativa que com "profunda fé, promovam os valores evangélicos da vida e do amor para contrastar a ameaça do aborto assim como outras ameaças contra a vida".

Bento XVI aproveitou também para expressar seu desejo de que "possa entrar cada vez mais nos corações dos homens, e fazer crescer a ajuda espiritual para as crianças cuja vida se vê ameaçada, assim como o compromisso de apoiar aos casais em dificuldade para acolher uma nova vida, e as famílias provadas pelo drama do aborto".

Para concluir seu chamado ao mundo em defesa dos não nascidos, o Papa recordou que esta iniciativa serve e servirá para "aprofundar nos laços pessoais e comunitários com Cristo reconhecido em cada criança concebida".

A "Obra pela Adoção Espiritual do Concebido" nasceu em 1987 em Varsóvia, por iniciativa de um grupo pastoral ligado às peregrinações ao Santuário de Czestochowa que este ano realizou seu 301º percorrido. A iniciativa se difundiu por toda a Polônia e por outros lugares no mundo.